segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Angústia



Oh! Angústia, meu Deus! E que angústia!
Contemplar nossas matas fumaçando
Os bichos pelo fogo exilados
E as rapinas lá do alto os espreitando

Correm os animais abafados
Pelo manto negro da fumaça
Que sobe rebolando rumo ao céu
Predizendo um futuro de desgraça

Carcará baixa voo na fumaceira
Misturando-se às ruidosas labaredas
E logo sobe conduzindo entre as garras
A pobre lebre sem que ninguém interceda

Oh! Angústia, meu Deus! E que angústia!

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