O
escritor José Mattos
lança pela Editora Protexto...
CROA
CERRADA
Vem à luz um inusitado volume de
contos – dezenove histórias – a revelar que os recursos da grande literatura
são inesgotáveis. É o que podemos verificar em CROA CERRADA, de José Mattos. Entre
o realismo mais brutal e um fantástico que nos lembra o clássico argentino
Horácio Quiroga (1878-1937), transita o autor e suas narrativas. Por vezes um
mundo naturalista, praticamente uma selva lá e cá habitada, por vezes alusões a
sortilégios de famílias amaldiçoadas, seja por algo do mundo natural ou pelo
que parece alucinação mas não é.
Romancista, contista e poeta,
Mattos surpreende também com sua linguagem, entre a prosa e a poesia, carregada
de imagens evocativas, entre o primitivo e o mágico. Nos sentimos penetrando em
outro mundo, no qual cenário e palavra nos surpreendem e emocionam.
Bastaria esse estilo expressivo
com que os contos se apresentam para nos levar ao fascínio. Mas, contista
legítimo, o autor não perde de vista que apesar da exuberância de sua
linguagem, ele tem uma trama a conduzir e levá-la até um desfecho diante de um
leitor provavelmente estupefato. É o que se prevê nessas quase duas dezenas de
narrativas, o que elas trazem à nova, uma espécie de mundo reinaugurado.
Um livro, em síntese, onde
contos de um mundo bruto coabitam com um mundo onírico, prestes a nos escapar
do sonho e amanhecer em torno de nós, assim que a manhã nos abra os olhos para
um real tão selvagem quanto misterioso.
José Mattos é natural de Cornélio Procópio – PR, nascido
em 5 de maio de 1964. Funcionário público municipal desde 1993. Tem
licenciatura plena em Letras. Foi um dos pioneiros radialistas da emissora Vale
do Pardo, e desde cedo mantém um caso de paixão com a literatura, que até hoje
faz parte do seu cotidiano, como uma tentativa de ver o avesso do mundo. Inédito,
tem ainda o romance A queimada,
finalista do Prêmio SESC/2010. Atualmente trabalha em novo romance com o título
provisório de O inferno fica perto,
entre outros projetos. Reside em Santa Rita do Pardo – MS, desde que era
Xavantina.
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